Um Conto de Batman: Faces, de Matt Wagner e Steve Oliff: Batman vs. Foucault

Batman: Xamã, de Dennis O’Neill e Ed Hannigan, pode ter sido o primeiro Legends of the Dark Knight [a série criada no início dos noventa para trazer para os quadrinhos o público de Batman: O Filme, com arcos auto-contidos e desvinculados da cronologia] e o segundo Um Conto de Batman. Mas o arco que encapsula perfeitamente aquilo que você espera de uma LENDA [também de um CONTO] DO BATMAN é Faces, de Matt Wagner.

Monster, de Naoki Urasawa: Individualidades

Existe uma percepção geral que Monster, de Naoki Urasawa, foi bem recebido pela crítica. Olhando de perto, no entanto, você percebe que a crítica positiva ao mangá, pelo menos no ocidente, é minoritária, e costuma ser do tipo “resumo+gostei, é tenso”. Por motivos de regra 34, também tem bastante fanfic pornô gay. Não sei se isso conta como crítica positiva, hoje em dia.

Black Nylon, de Daniel Clowes: Freud explica

Quando alguém fala em desconstrucionismo de super-heróis, o nome bacana que inventaram para os gibis dos anos 80/90, as referências automáticas do nerd médio são Watchmen e Cavaleiro das Trevas. É fácil perceber o por quê: best-sellers, autores consagrados, etc, etc, etc. Mas o objetivo de Alan Moore e Frank Miller nunca foi meramente destrutivo: a abordagem realista das duas histórias envolve mostrar as costuras dos uniformes, certo — mas é para desmistificá-los, não necessariamente desmoralizá-los. Não é o caso de Daniel Clowes. Não é o caso de Black Nylon. 

O Reino do Amanhã, de Mark Waid e Alex Ross: O domínio dos medíocres

Muitas pessoas já descreveram para ti O Reino do Amanhã, minissérie da DC, publicada em 1996 [e agora relançado pela Panini em uma “edição definitiva”] e de CREDIBILIDADE CULTURAL, como uma resposta saudosista de Mark Waid, fã da Era de Prata, ao cinismo dos heróis do início da década de 90, desenhada por um Alex Ross que é um gênio da renascença revivido e dedicado aos quadrinhos.

Arma X, de Barry Windsor-Smith: O pesadelo de Logan

Não deixa de ser surpreendente que tão pouco de Arma X, a história do Wolverine escrita, desenhada, colorida e letrerizada por Barry Windsor-Smith, tenha sido tão pouco usada na versão do personagem para o cinema — e, em grande parte, desconsiderada em sua cronologia dos gibis. Pra você aí que só assistiu Wolverine: Imortal e tá perdido, não tenho como colocar isso em meias-palavras: essa é a melhor história do personagem de todos os tempos.