A Cidade do Fim: Blame!, de Tsutomu Nihei
Enquanto Tóquio se tornava infinita, Tsutomu Nihei se fez uma pergunta: pode uma cidade abarcar tudo? Blame!, a sua resposta, é ao mesmo tempo mito e ruína.
Enquanto Tóquio se tornava infinita, Tsutomu Nihei se fez uma pergunta: pode uma cidade abarcar tudo? Blame!, a sua resposta, é ao mesmo tempo mito e ruína.
O autor de quadrinhos adultos espanhóis? Um quadrinista galego? Um artista internacional? Quem é Miguelanxo Prado e por que deveríamos ler as suas hqs?
A ruína da República de Weimar desde o ponto de vista de René Girard. Uma narrativa metafórica. O mapa imaginativo de uma cidade. A vida de três pessoas comuns. Berlim, de Jason Lutes, soma tudo isso… com balões de pensamento.
J. M. Barrie foi a primeira pessoa a se dar conta de que acertou em alguma coisa ao criar Peter Pan: ele dedicou ao personagem, que poliu continuamente, pelo menos uns dez anos de sua vida, até mais ou menos decidir-se por uma versão ultimate no livro Peter and Wendy.
As poucas resenhas que existem sobre Marvels costumam explicar a minissérie como o marco inaugural de uma nova “Era” dos quadrinhos, batizada, provavelmente por fãs de quadrinhos que se dão mais importância do que deveriam, de Renascença.
Batman: Xamã, de Dennis O’Neill e Ed Hannigan, pode ter sido o primeiro Legends of the Dark Knight [a série criada no início dos noventa para trazer para os quadrinhos o público de Batman: O Filme, com arcos auto-contidos e desvinculados da cronologia] e o segundo Um Conto de Batman. Mas o arco que encapsula perfeitamente aquilo que você espera de uma LENDA [também de um CONTO] DO BATMAN é Faces, de Matt Wagner.
Existe uma percepção geral que Monster, de Naoki Urasawa, foi bem recebido pela crítica. Olhando de perto, no entanto, você percebe que a crítica positiva ao mangá, pelo menos no ocidente, é minoritária, e costuma ser do tipo “resumo+gostei, é tenso”. Por motivos de regra 34, também tem bastante fanfic pornô gay. Não sei se isso conta como crítica positiva, hoje em dia.
Quando alguém fala em desconstrucionismo de super-heróis, o nome bacana que inventaram para os gibis dos anos 80/90, as referências automáticas do nerd médio são Watchmen e Cavaleiro das Trevas. É fácil perceber o por quê: best-sellers, autores consagrados, etc, etc, etc. Mas o objetivo de Alan Moore e Frank Miller nunca foi meramente destrutivo: a abordagem realista das duas histórias envolve mostrar as costuras dos uniformes, certo — mas é para desmistificá-los, não necessariamente desmoralizá-los. Não é o caso de Daniel Clowes. Não é o caso de Black Nylon.
Muitas pessoas já descreveram para ti O Reino do Amanhã, minissérie da DC, publicada em 1996 [e agora relançado pela Panini em uma “edição definitiva”] e de CREDIBILIDADE CULTURAL, como uma resposta saudosista de Mark Waid, fã da Era de Prata, ao cinismo dos heróis do início da década de 90, desenhada por um Alex Ross que é um gênio da renascença revivido e dedicado aos quadrinhos.
Não deixa de ser surpreendente que tão pouco de Arma X, a história do Wolverine escrita, desenhada, colorida e letrerizada por Barry Windsor-Smith, tenha sido tão pouco usada na versão do personagem para o cinema — e, em grande parte, desconsiderada em sua cronologia dos gibis. Pra você aí que só assistiu Wolverine: Imortal e tá perdido, não tenho como colocar isso em meias-palavras: essa é a melhor história do personagem de todos os tempos.