O Reino do Amanhã, de Mark Waid e Alex Ross: O domínio dos medíocres

Muitas pessoas já descreveram para ti O Reino do Amanhã, minissérie da DC, publicada em 1996 [e agora relançado pela Panini em uma “edição definitiva”] e de CREDIBILIDADE CULTURAL, como uma resposta saudosista de Mark Waid, fã da Era de Prata, ao cinismo dos heróis do início da década de 90, desenhada por um Alex Ross que é um gênio da renascença revivido e dedicado aos quadrinhos.

Demolidor #2, de Mark Waid, Paolo Rivera, Emma Rios, Kano e Koi Pham: Bonito, colorido, afirmativo

Daredevil #7, a história que abre Demolidor #2, da Panini, é uma conseqüência direta do PARADOXO das histórias que lhe antecederam. Conforme você, NEO-NERDISTA, leu aqui, a premiada série de Mark Waid começou como uma mistura de NOSTALGIA MARVELITA e APPROACH POLITICAMENTE CORRETO: sustentado em aventuras que seguem o esquema herói x vilão colorido, confrontos com outros mocinhos da editora e cenas de ação periódicas, Waid transformou o Demolidor em um defensor dos MINORITÁRIOS e OPRIMIDOS – tudo muito bem desenhado por Marcos Martín e Paolo Rivera.

Demolidor #1, de Mark Waid, Paolo Rivera e Marcos Martín: Bonito, colorido, oprimido

A Panini andou tomando uma série de iniciativas pelas quais um NERDISTA CRITERIOSO como eu [EHEM] só pode ficar FELIZ. Caso específico: começar a publicar uma série de BIRIRI CRÍTICO e ACÚMULO PREMIATIVO, o Demolidor de Mark Waid, Paolo Rivera e Marcos Martín em uma edição própria, como se um encadernado americano fosse, sem a presença de CORPOS ESTRANHOS ENGORDATIVOS.