Longa vida ao novo rei: Camelot 3000, de Mike W. Barr, Brian Bolland e Tatjana Wood
Rei Artur, Morgana le Fay, Phil Seuling e a nova era dos quadrinhos americanos.
Rei Artur, Morgana le Fay, Phil Seuling e a nova era dos quadrinhos americanos.
É uma prova da rápida ascensão do prestígio de Alan Moore dentro da DC que ele tenha escrito três histórias do Super-Homem mais ou menos um ano depois de seu primeiro gibi publicado pela editora.
Antes de atravessar o Atlântico, o Alan Moore escreveu três gibis marcantes: V de Vingança, Marvelman, e Capitão Britânia.
É fácil entender por que, ao relançar o gibi do Dr. Estranho, a Marvel não decidiu trocar Stephan Strange por outro personagem mais novo, modernoso e de alguma minoria. A ideia, evidentemente, era ter uma série pronta para o público do filme: a editora ainda alimenta a esperança de convertê-lo aos gibis e, em tese, é mais fácil fazê-lo quando o personagem principal da série é o mesmo que as pessoas viram no cinema.
No final de março deste ano, David Gabriel, vice-presidente de vendas da Marvel, disse em entrevista ao site Icv2 que, conforme reclamações de lojistas que chegaram aos seus ouvidos, a queda nas vendas dos gibis da editora era uma reação à “diversidade” dos seus novos personagens.
Existe uma percepção geral que Monster, de Naoki Urasawa, foi bem recebido pela crítica. Olhando de perto, no entanto, você percebe que a crítica positiva ao mangá, pelo menos no ocidente, é minoritária, e costuma ser do tipo “resumo+gostei, é tenso”. Por motivos de regra 34, também tem bastante fanfic pornô gay. Não sei se isso conta como crítica positiva, hoje em dia.
Em 1989, o Departamento de Decisões Editoriais Óbvias da DC se reuniu e, bom, tomou uma decisão óbvia: criar uma nova série do Batman [a terceira, na época] para aproveitar o FLUXO DE NOVOS NERDS que chegariam as comic-shops americanas depois da estréia de Batman — O Filme, de Tim Burton.
O projeto Graphic MSP é uma feliz conseqüência de MSP50: a ideia é colocar quadrinistas brasileiros para escrever e desenhar histórias dos personagens da Turma da Mônica com um jeitão autoral – agora, na velocidade de um álbum de cada vez.
Daredevil #7, a história que abre Demolidor #2, da Panini, é uma conseqüência direta do PARADOXO das histórias que lhe antecederam. Conforme você, NEO-NERDISTA, leu aqui, a premiada série de Mark Waid começou como uma mistura de NOSTALGIA MARVELITA e APPROACH POLITICAMENTE CORRETO: sustentado em aventuras que seguem o esquema herói x vilão colorido, confrontos com outros mocinhos da editora e cenas de ação periódicas, Waid transformou o Demolidor em um defensor dos MINORITÁRIOS e OPRIMIDOS – tudo muito bem desenhado por Marcos Martín e Paolo Rivera.
Não deixa de ser surpreendente que tão pouco de Arma X, a história do Wolverine escrita, desenhada, colorida e letrerizada por Barry Windsor-Smith, tenha sido tão pouco usada na versão do personagem para o cinema — e, em grande parte, desconsiderada em sua cronologia dos gibis. Pra você aí que só assistiu Wolverine: Imortal e tá perdido, não tenho como colocar isso em meias-palavras: essa é a melhor história do personagem de todos os tempos.