Longa vida ao novo rei: Camelot 3000, de Mike W. Barr, Brian Bolland e Tatjana Wood
Rei Artur, Morgana le Fay, Phil Seuling e a nova era dos quadrinhos americanos.
Rei Artur, Morgana le Fay, Phil Seuling e a nova era dos quadrinhos americanos.
É uma prova da rápida ascensão do prestígio de Alan Moore dentro da DC que ele tenha escrito três histórias do Super-Homem mais ou menos um ano depois de seu primeiro gibi publicado pela editora.
Desdobrar a resenha de uma hq em análises separadas do argumento, do roteiro e do desenho deve ser algum tipo de falácia: no final das contas, o que se está fazendo é deixar a própria hq, que é a união desses elementos, em um segundo plano.
O que será que Steve Ditko achou do sucesso do filme do Dr. Estranho?Ainda que não exista nenhuma entrevista dele sobre o assunto [aliás, sobre qualquer assunto], e que seja possível que um cheque com a quantidade adequada de dígitos do lado de lá da vírgula influencie a opinião de qualquer um, o NEW FRONTIERSNERD tem um palpite: ele achou uma porcaria. É a conclusão à qual se chega lendo Shade, The Changing Man.
Batman: Xamã, de Dennis O’Neill e Ed Hannigan, pode ter sido o primeiro Legends of the Dark Knight [a série criada no início dos noventa para trazer para os quadrinhos o público de Batman: O Filme, com arcos auto-contidos e desvinculados da cronologia] e o segundo Um Conto de Batman. Mas o arco que encapsula perfeitamente aquilo que você espera de uma LENDA [também de um CONTO] DO BATMAN é Faces, de Matt Wagner.
Sim, é verdade: o Super-Homem da Action Comics de Grant Morrison é um “vingador social” e isso é uma espécie de homenagem ao personagem nos anos 30, quando era escrito e desenhado por Jerry Siegel e Joe Shuster. Ele soluciona problemas “reais” na base da porrada. Não é, no entanto, a única referência que Morrison faz. Na verdade, a fase toca em diversas versões do personagem e do seu mito, em diferentes níveis e propósitos, de forma mais ou menos direta.
Em 1989, o Departamento de Decisões Editoriais Óbvias da DC se reuniu e, bom, tomou uma decisão óbvia: criar uma nova série do Batman [a terceira, na época] para aproveitar o FLUXO DE NOVOS NERDS que chegariam as comic-shops americanas depois da estréia de Batman — O Filme, de Tim Burton.
Muitas pessoas já descreveram para ti O Reino do Amanhã, minissérie da DC, publicada em 1996 [e agora relançado pela Panini em uma “edição definitiva”] e de CREDIBILIDADE CULTURAL, como uma resposta saudosista de Mark Waid, fã da Era de Prata, ao cinismo dos heróis do início da década de 90, desenhada por um Alex Ross que é um gênio da renascença revivido e dedicado aos quadrinhos.
No início da semana passada, a INTERNERD rugiu graças à fábrica de polemismo que responde pelo nome de Grant Morrison. O escritor escocês, no podcast de Kevin Smith, disse que A Piada Mortal, de Alan Moore e Brian Bolland, é o gibi definitivo sobre o confronto entre o Batman e o Coringa porque, no final, o segundo morre.
Brian Azzarello e Cliff Chiang, a dupla criativa responsável pela série da Mulher Maravilha pós-Novos 52 [publicada no Brasil pela Panini, na revista Universo DC, e cujas seis primeiras edições Wonder Woman: Blood reúne] talvez tenham sido os maiores beneficiados pelo ZERAMENTO da cronologia da DC.