Demolidor: Amor e Guerra, de Frank Miller e Bill Sienkiewicz: Ofuscando cavaleiros heróicos

A melhor forma de começar essa resenha de Demolidor: Amor e Guerra, de Frank Miller e Bill Sienkiewicz, é te pedindo um SALTO DE FÉ. É que a primeira página do gibi retrata as suas principais características. Mas só posso colar ela depois da quebra de página para não ferrar com a formatação da postagem.Então, você aí que acessou o site pela página inicial: clica ali no “Continua na pg. 2 »”. Te garanto que o texto tá massa.

O Reino do Amanhã, de Mark Waid e Alex Ross: O domínio dos medíocres

Muitas pessoas já descreveram para ti O Reino do Amanhã, minissérie da DC, publicada em 1996 [e agora relançado pela Panini em uma “edição definitiva”] e de CREDIBILIDADE CULTURAL, como uma resposta saudosista de Mark Waid, fã da Era de Prata, ao cinismo dos heróis do início da década de 90, desenhada por um Alex Ross que é um gênio da renascença revivido e dedicado aos quadrinhos.

Demolidor #2, de Mark Waid, Paolo Rivera, Emma Rios, Kano e Koi Pham: Bonito, colorido, afirmativo

Daredevil #7, a história que abre Demolidor #2, da Panini, é uma conseqüência direta do PARADOXO das histórias que lhe antecederam. Conforme você, NEO-NERDISTA, leu aqui, a premiada série de Mark Waid começou como uma mistura de NOSTALGIA MARVELITA e APPROACH POLITICAMENTE CORRETO: sustentado em aventuras que seguem o esquema herói x vilão colorido, confrontos com outros mocinhos da editora e cenas de ação periódicas, Waid transformou o Demolidor em um defensor dos MINORITÁRIOS e OPRIMIDOS – tudo muito bem desenhado por Marcos Martín e Paolo Rivera.

Habibi, de Craig Thompson: Escatologia e ironia

Existe uma constante no resenhismo de Habibi, o gibi-tijolo de Craig Thompson: as comparações com Will Eisner. O segundo gibi de Thompson depois de Retalhos [entre os dois está Carnet de Voyage, ainda não publicado no Brasil], Habibi, com a sua escala épica, com o seu período indeterminado e com as suas referências religiosas certamente é mais pretensioso do que qualquer coisa que Eisner já fez [outra coisa é que seja tão bem sucedido], mas é fácil ver de onde vem a comparação.

Holy Terror – Terror Sagrado, de Frank Miller: Jack Kirby e Jackson Pollock, Velozes e Furiosos

A primeira vez que eu vi a edição da Panini de Holy Terror – Terror Sagrado, a vilipendiada resposta de Frank Miller para os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, foi em uma das estantes da Multiverso Comic Con, a convenção de nerdismo porto-alegrense. Ao meu lado, alguém expressou a sua inequívoca incredulidade através de um sonoro “não acredito que eles tiveram coragem”. “Eles”, no caso, eram os editores da Panini, como se publicar um dos últimos [e mais polêmicos] gibis de um dos principais artistas do gênero fosse algum tipo de JOGADA EDITORIAL INVEROSSÍMIL.

Demolidor #1, de Mark Waid, Paolo Rivera e Marcos Martín: Bonito, colorido, oprimido

A Panini andou tomando uma série de iniciativas pelas quais um NERDISTA CRITERIOSO como eu [EHEM] só pode ficar FELIZ. Caso específico: começar a publicar uma série de BIRIRI CRÍTICO e ACÚMULO PREMIATIVO, o Demolidor de Mark Waid, Paolo Rivera e Marcos Martín em uma edição própria, como se um encadernado americano fosse, sem a presença de CORPOS ESTRANHOS ENGORDATIVOS.