[NFN DIÁRIO #124] * *
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[27/11/2012]
Ainda ontem publiquei aqui uma
entrevista com Brian Azzarello [+], roteirista da atual série pós-Novos 52 da
Mulher Maravilha [+]. Hoje, é a vez de Cliff Chiang [+], que foi entrevistado por Josie
Campbell, do CBR.
O ponto de partida é o estado
atual da série, prestes a introduzir os Novos Deuses de Jack Kirby [+] à
continuidade atual da DC.
De certa forma, Orion é tipo o
oposto [da Mulher Maravilha] porque ele se deu a habilidade de agir e a Mulher
Maravilha não tem isso. Acho que a nossa Mulher Maravilha é impulsiva e meio
que age em primeiro lugar, mas o nosso Orion se entregou totalmente quanto a
isso e não tem nenhum problema em ferir as pessoas, enquanto que a Mulher
Maravilha tem. Mas uma parte dela é parecida a Orion, e vai ser interessante
ver como eles se conectam.
Eu adoro os personagens do Quarto
Mundo; acredito de verdade que eles são uma grande realização. Eles são ótimos
e nós estamos tentando fazer isso no espírito de, não é uma interpretação
estrita de Kirby, mas funciona para o personagem. Vamos ver ele, espero, um
pouco maior que a vida e de um mundo diferente na forma em que ele age e no
motivo pelo qual ele está se metendo na Terra.
Mas a entrevista também passa
pela reinvenção dos “Velhos Deuses”:
[...] O que te fez pensar em
Brian [Azzarello] como [o deus da] Guerra?
A resposta curta é que Brian
queria que Guerra fosse um homem velho cansado, e eu no mesmo momento pensei em
Brian!
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De onde ele terá tirado essa ideia? |
Com Hades, ele sempre foi pensado
para ser um garoto porque era mais assustador que ele gosse um garoto tentando
procurar uma esposa. Acho que o simbolismo disso é que isso é que ele traz a
tona a perda de potencial que vai com isso, sabe? Quando você tem um garoto que
é o lorde da morte, você vê a tragédia, tudo que foi perdido. Quando Brian e eu
inicialmente conversamos sobre ele ser um garoto, [nós pensamos] que ele teria
juntado pedaços do seu corpo dos mortos, então ele seria costurado como uma colcha
de retalhos, e quando os pedaços ficassem gastos ele colocaria novos pedaços.
Mas sei que Tony [Akins, que fez o design dos personagens] foi inspirado por
uma pintura francesa da morte como um cavaleiro com uma cabeça em chamas -- era
como uma versão francesa do Motoqueiro Fantasma, eu acho! [Risadas] Isso virou
o garoto assustador com cera pingando sobre os próprios olhos, com as velas
fornecendo a única luz em Hades também.
E, claro, trabalhar com
Azzarello:
O mais legal de trabalhar
constantemente com Brian é que nós ficamos mais e mais confortáveis um com o
outro e confiamos mais um no outro com cada edição. Para a edição #0, nós
fizemos ela no estilo Marvel, old school; ele me deu uma trama de uma página,
depois dividiu ela em painéis e forneceu alguns diálogos. Esse jeito de
trabalhar é verdadeiramente colaborativo, confiando na outra pessoa, honrando o
que ela fez e acrescentando mais, meio que uma improvisação. Você não trabalha
contra o que alguém fez, mas adiante e levando as em frente.
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